Biblioteca Manuel Monteiro
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Revista "defacto" 31
APRESENTAÇÃO
À COMUNIDADE
Apresentação da revista “defacto” à cidade de Braga, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS), dia 15 de junho, pelas 17:30.
Conversa livre sobre o tema do número 31 da revista - “humano(s)”, uma nova condição humana. Com os convidados: Dra. Aida Alves, da BLCS, Professor Doutor Paulo Novais, da Univ. do Minho, Professor Amadeu Santos, ex-professor da Esc. Sec. de Alberto Sampaio, Professor António Padrão, professor da Esc. Sec. de Alberto Sampaio, Professora Margarida Figueiredo, professora da Esc. de Viatodos.
Algumas questões provocam a reflexão e a discussão: os humanos, seres racionais, dotados de liberdade, capacidade de escolha, pensamento crítico e livre-arbítrio, capacidade de criar o novo e de resolver enigmas, estão hoje ameaçados pela emergente inteligência artificial? Ou ainda não? Deveríamos estar pessimistas ou otimistas, quanto ao futuro? Este é o desafio lançado aos convidados para uma conversa livre, sem fronteiras disciplinares.
"Acervo para memento do ser(mos) - trabalho em progresso"
... ao longo da história humana temos como desafio (re)encontrar o(s) outro(s) que também o(s) somos.
A presente intervenção, no átrio de entrada da Escola Alberto Sampaio, tem como referência o trabalho de Christian Boltanski. Nomeadamente a obra “Personnes” (traduzível, em simultâneo, por “pessoas” e “zés-ninguém”) que foi apresentada no âmbito da Monumental 2010 no edifício oitocentista, Grand Palais, em Paris. O amontoado de roupa representa um rizoma cuja forma não subordina nem hierarquiza qualquer peça de roupa a um estatuto de
acervo/coleção privada ou museu. As roupas apresentam-se despojadas do aconchego, da memória de um corpo... O amontoado de roupas convoca-nos para fluxos de sentidos, memórias, emoções que cada peça de roupa potencia em cada participante/observador. No emaranhado de linhas, pontos de tensão criados pela simultaneidade e singularidade de cada peça de roupa, o som do bater de um coração procura romper a indiferença do quotidiano. Em anonimato, sem idade, sem etnia, sem género, sem compaixão, o bater do coração convoca-
nos a aproximar e a embrenharmo-nos na busca do outro.
Daniel Almeida
“Essa incapacidade de pensar permitiu que muitos homens comuns cometessem atos cruéis numa escala monumental jamais vista. É verdade, tratei dessas questões de forma filosófica. A manifestação do ato de pensar não é o conhecimento. Mas, a habilidade de distinguir o bem do mal. O belo do feio. E eu tenho a esperança de que o pensar dê força às pessoas para evitar a catástrofe nesses raros momentos, na hora da verdade.”
Hannah Arendt